A PRÁTICA DA GRAÇA E SEU RESULTADO

Por admin
EBD | DOMINGO, 05 DE SETEMBRO DE 2021
A VIVA ESPERANÇA EM CRISTO
TEXTO BASE – I PEDRO 1: 1 A 11
“VISTO COMO, PELO SEU DIVINO PODER, NOS TÊM SIDO DOADAS TODAS AS
COISAS QUE CONDUZEM À VIDA E A PIEDADE, PELO CONHECIMENTO COMPLETO
DAQUELE QUE NOS CHAMOU PARA A SUA PRÓPRIA GLÓRIA E VIRTUDE – POR ISSO
MESMO, VÓS, REUNINDO TODA A VOSSA DILIGENCIA, ASSOCIAI COM A VOSSA FÉ
A VIRTUDE ; COM A VIRTUDE, O CONHECIMENTO” (II PEDRO 1:1 E 5).
Estamos começando hoje o nosso estudo na Segunda Carta de Pedro. A luz do estudo
que fizemos até aqui pudemos perceber que a grande ênfase da Primeira Carta de
Pedro foi tratar do perigo fora da Igreja. A Igreja que enfrenta a oposição e até a
perseguição do mundo. Foi uma carta escrita pelo apóstolo para animar as Igrejas da
Ásia menor que estavam sofrendo por amor a Cristo. Já em sua Segunda Carta Pedro
trata dos Perigos dentro da própria Igreja, exortando-a a não se desviar da fiel
interpretação da Palavra de Deus e se manter firme em sua conduta Cristã. É
interessante perceber que Pedro aqui não define muito para quem envia esta carta,
como se esta fosse uma continuação a sua carta anterior, tendo então o mesmo
destinatário. Contudo, sabemos que independente disto, Pedro foi usado para escrever
parte da Palavra do nosso Deus e esta Palavra é endereçada por Ele a todos os crentes
em todas as épocas. Com certeza nesta segunda carta do apóstolo Pedro assim como
em sua carta anterior seremos desafiados a viver intensamente a nossa fé e dar
testemunhos claros de quem Cristo é em nós. Vamos juntos entender.
“Visto como, pelo seu divino poder, nos tem sido doadas todas as coisas que conduzem
a vida e a piedade…” (V.3a). Deus sempre proveu ao homem tudo aquilo que ele precisa
para viver segundo a Sua Vontade aqui nesta terra. Quando o texto fala de vida e
piedade ele quer falar da relação do homem andando em acordo com a Palavra do
Senhor. É o fruto da sua transformação em Cristo. Pensar nesta realidade precisa ser
uma prática comum a todo membro da Igreja de Jesus. O fato é que o nosso testemunho
em piedade demostra que encontramos a Cristo que é a própria vida. Todo Cristão
experimenta a metanoia, mudança radical de mente, de pensar e com o
amadurecimento, a mudança do agir. Não é possível ao crente em Jesus ter satisfação no
pecado como tinha antes de ter a experiência com Jesus. Nem mesmo falar do pecado
como falava eu antes da sua nova vida em Cristo. O pecado que antes gerava orgulho
agora traz vergonha e arrependimento. Podemos perceber isto com uma certa
facilidade. É comum nas Igrejas pessoas darem seus testemunhos, e muitas vezes
contam um pouco como eram antes de Jesus. É nítida a mudança de percepção e
postura que se tem com relação ao mesmo ato pecaminoso. Entendemos o pecado de
uma maneira antes dos nossos olhos espirituais serem abertos, e de uma maneira
totalmente diferente depois, quando podemos em Cristo enxergar com clareza o quanto
o pecado causa destruição e morte.
“Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou (V.3b)”. O Crescimento do
conhecimento de Deus em nós permite que não sejamos mais reféns do pecado.
Contudo, vale ressaltar que o Conhecimento aqui mencionado não é apenas o
conhecimento intelectual. O conhecimento de Deus não pode ficar somente no campo
das ideias, pois este conhecimento é antes de tudo um tipo de conhecimento pessoal ou
relacional. Não existe conhecimento de Deus sem relacionamento com Deus.
Precisamos ir além do conhecer a Deus pelo ouvir falar, precisamos andar com Deus. E é
justamente este tipo de relacionamento a que Pedro se refere quando diz que a graça
do nosso Senhor nos permite conhece-Lo continuamente.
“Por isso, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude, com a
virtude o conhecimento” (V.5). A fé meramente como um sentimento não é o que
precisamos para expressar Cristo em nós. A fé precisa se tornar prática em nossas vidas
e para isso o apóstolo Pedro nos convida a associar a ela a virtude e a virtude o
conhecimento. A virtude tem haver com vivermos uma vida digna de um discípulo de
Jesus de maneira que a nossa conduta expresse nossa preocupação maior que é a glória
do nosso Senhor. Já por conhecimento aqui, pegamos a ideia que tratamos na estrofe
anterior e acrescentamos a virtude como a fé sendo praticada enquanto vivemos nossa
vida com Cristo. Contudo Pedro não para na lista do verso cinco, ele prossegue nos
versos seguintes com os seguintes itens; “Com conhecimento, o domínio próprio; com o
domínio próprio, a perseverança, com a perseverança, a piedade; com a piedade, a
fraternidade, com a fraternidade, o amor” (V.6 e 7). Cada um destas características
citadas acima compõem as características a serem observadas por todos os discípulos
de Jesus, incluindo você e eu. A vida de Cristo em nós precisa gerar vida em nós em todo
o tempo. Não dá para pensar que alguém que nasceu de novo em Cristo pode viver sua
nova vida como se vivesse ainda a antiga antes de Cristo o salvar. Pedro é enfático em
sua observação deste fato; “Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando,
fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutíferos no pleno conhecimento de
nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego,
vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora” (V. 8
e 9). Chamo a sua atenção para uma expressão do texto; vemos Pedro dizer que os que
manifestam e fazem crescer as características mencionadas nos versos cinco, seis e sete,
não serão “infrutíferos”. Quando lemos o que o Senhor Jesus falou acerca da árvore
infrutífera; “Toda árvore que não dá fruto será cortada e lançada no fogo” (Mateus 7:19).
O que podemos supor que Jesus queria dizer com isso? Quem sabe algum conselho
sobre jardinagem? Certamente que não. Mas o fogo não é o destino dos discípulos de
Cristo, aqueles que buscam viver segundo Seus ensinos. O apóstolo Pedro prossegue
nos mostrando que existe uma parte no processo de santificação que cabe a cada um
de nós. “Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa
vocação e eleição; porquanto, procedendo assim; não tropeçareis em tempo algum”
(V.10). E ainda, Pedro garante que os que assim fizerem jamais se frustrarão com o
resultado. “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida à entrada no reino
eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (V. 11). Este sim é o destino final de
todos os discípulos do Senhor Jesus, a eternidade nos céus. Precisamos demostrar em
nosso viver que fomos agraciados por Deus em Cristo, pois para isso já fomos
capacitados por Ele. Que o Senhor mesmo nos ajude em nossa peregrinação neste
mundo. Amém.
Pr Benedito Galvão Jr
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